Falando de futebol
Somos todos sabedores que no
futebol não há uma “verdade absoluta”, ou seja, como disse certa feita Luiz
Felipe Scolari em entrevista há um canal de televisão, “todo mundo sabe jogar
futebol”, uns diferentemente dos outros em questões táticas e ou técnicas, e
além do mais continua Felipão “a informação está ao alcance de todos em
diferentes segmentos”, há um sem número de estudos e a cada dia “o pessoal”
(técnicos-professores) estão tentando se aperfeiçoar e assim todos aprendemos,
uns com os outros, etc.
Conforme Correia, O futebol é
algo bastante atrativo, complexo, interessante e ao mesmo tempo simples. Concordo
dizendo que para se ter um futebol simples tem que se conhecer minimamente
próximo do máximo sobre o futebol, senão o sucesso não chega, ou não cai do céu.
Futebol é uma ferramenta capaz de mudar vidas, ele esta num patamar superior, e
conjuntamente com a religião e a política constitui-se uma mobilização que
gerencia a vida de uma parte significante da sociedade principalmente a
brasileira. A ação do futebol é educativa-interdisciplinar, disciplinar
(regras/deveres), cívico (respeito-defesa da pátria), nutricional (hábitos alimentares
saudáveis), psicológico (lidar com vencer e perder), sócio-integrativo (igualdade
indiferentemente de classe social), e sobre tudo ensinar a gostar do futebol,
ensinar a jogar o futebol, ensinar a jogar bem o futebol e ensinar mais que
futebol, conforme fala Freire (2000).
É muito gostoso falar de futebol,
porém neste texto quero falar um pouco do aspecto psicológico que é um dos mais
complexos e requer uma atenção especial desde um primeiro momento de trabalho,
e, sobretudo quando chegamos a uma final de campeonato a adrenalina sobe a um
patamar muito alto ao ponto de mudar o rumo de qualquer confronto.
Falo aos meus alunos da
concentração psicológica que conforme Correia “não é só um dos elementos mais
importantes do treino mental, como também é o mais sensível”. Resumindo ele diz
que o problema é que em qualquer ação requer concentração máxima (sendo o jogo
simples, mas também muito complexo como falamos anteriormente), depende de como
você e sua equipe se comporta.
A concentração psicológica deve
durar a partida toda, e a partida inicia quando se sai de casa com objetivo de
jogar futebol, passa pela chegada ao estádio e interaje-avalia o ambiente, suga
o que há de positivo e se cuida dos aspectos negativos (vindos da torcida, por
exemplo), segue então para a recepção da sua torcida, do seu professor e dos
seus colegas, chega ao vestiário e suga a adrenalina positiva da
conversa-palestra-preleção dos dirigentes/professor/treinador, enfim, foco 101%
no objetivo, respeitando sempre o adversário, mas sempre se auto-respeitando
acima de tudo, valorizando muito o momento e aonde se chegou e pelos
adversários que ficaram para trás.
Na partida, colocar a
psico-tática em campo, ou seja, saber que treinamos, saber que somos capazes,
saber que a possibilidade é igualitária e depende dos nossos comportamentos em
campo com muita confiança e prazer no jogar que o resultado virá.
Tanto o professor/treinador como
principalmente os atletas/jogadores devem prestar atenções apenas no jogo e ás
próprias funções do mesmo, esquecendo tudo que está ao redor, se desligar da
torcida, dos fotógrafos, enfim focar 101% no que foi treinado nos treinos
anteriores ao jogo e no que foi falado no vestiário.
Fica então um breve relato do que
eu penso sobre uma ação psico-tática para se dar bem em campo.
Att.
Prof. Élver