Eu Futebol: Polêmico ou democrático?
Futebol e as curiosidades
“O zagueiro evitou o gol olímpico e a torcida foi ao delírio! O chute de trivela teria resultado em um fantástico gol de placa.” Conhecemos essas expressões, mas, e sua origem? - Abaixo saiba a curiosa origem sobre algumas expressões usadas pelos nossos locutores de futebol, muitas das quais já ganharam nosso cotidiano.
Gol olímpico, você sabia?
Que no início do futebol, o gol marcado direto do escanteio não era considerado válido? Pois, em 1924 a FIFA alterou as regras, e passou a validar o gol feito pelo cobrador do escanteio. Em outubro do mesmo ano, a Argentina venceu o Uruguai em um amistoso, por 2 x 1. Nesta partida, o argentino Cesáreo Onzari marcou um gol olímpico. A expressão passou a ser usada pelos argentinos para ironizar os uruguaios, então campeões olímpicos e, a partir de então ganhou todos os continentes.
Sabe por que a expressão “Gol de placa?” Talvez essa seja a história mais famosa da etimologia do futebol. Segundo consta, a expressão passou a ser utilizada após uma partida disputada entre Santos e Fluminense, no Maracanã, em 5 de março de 1961, vencida pelos santistas por 3 x 1. No jogo, Pelé marcou um gol tão fantástico que Joelmir Betting, então jornalista esportivo, solicitou ao jornal “O Esporte” que encomendasse uma placa para ser fixada no saguão do estádio, em homenagem ao feito. Na placa dizia-se: “Neste campo no dia 5-3-1961 PELÉ marcou o tento mais bonito na história do maracanã”. A partir de então, a expressão entrou para o vocabulário futebolístico como sinônimo de gol bonito. Curioso, mas segundo consta é verídico! É bem curiosa a utilização da palavra torcedor para designar quem apóia um time/equipe de futebol. O jornalista Luiz Mendes, em uma entrevista, contou que a expressão foi utilizada pelo cronista Coelho Neto, no início do século XX, em referência às mulheres elegantes que acompanhavam os jogos do Fluminense e, ansiosas, torciam as luvas ao ver os lances de seu time (seja de ataque ou defesa). A palavra passou, assim, a denominar quem apóia um time. Mais tarde, o termo se expandiu para outros esportes e hoje, temos millhões de “torcedores” no Brasil. Zagueiro A palavra zagueiro é originária do termo zaga, para definir o jogador que trabalha atrás, na defesa da equipe. Todavia, no português, a palavra zaga está associada, exclusivamente, ao futebol. No entanto, o termo se originou da palavra espanhola zaga, que define a parte detrás de alguma coisa ou, ainda mais precisamente, a última linha de uma tropa em marcha.
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O futebol dos sábados no sítio do Magalhães tinha começado como uma brincadeira, uma maneira de abrir o apetite para o almoço. As mulheres ficavam na piscina enquanto os homens jogavam num campo improvisado, que não tinha nem goleira (traves). Três, no máximo quatro, para cada lado. Na hora do almoço o jogo parava. Depois o futebol não era nem assunto entre os casais. Com o tempo, o grupo de convidados para o almoço dos sábados começou a aumentar, e o futebol também. Magalhães ampliou o gramado e colocou duas goleiras (traves). Os times se repetiam e aos poucos foram adquirindo uma identidade. Não demorou muito, tinham uniforme, flâmula e até bandeira. Mesmo assim a Marta só descobriu como a coisa ficara séria quando tentou interromper uma partida porque estava atrasando o almoço e foi corrida do campo pelo marido, o Sales. Pediu o divórcio na semana seguinte, embora o Sales negasse que estivesse tentando acertá-la com um pontapé, irritado com a intromissão, já que seu time estava perdendo. Depois foi a vez da Silvinha, que no meio de um almoço de sábado fez um protesto. O futebol estava acabando com a vida social dela e do Aderbal. Na sexta, o Aderbal não queria fazer nada, dormia cedo para estar em forma para o jogo da manhã seguinte. E no sábado, depois do jogo, não tinha condições de se mexer, o que dirá fazer alguma coisa. Eles não iam mais ao teatro, não iam mais ao cinema, não saíam mais para jantar, etc. Várias das outras mulheres concordaram com a Silvinha. Os homens ficaram mudos. E os do time do Aderbal olharam para ele com orgulho. Ali estava alguém com uma noção correta da importância relativa das coisas na vida de um homem. No sábado seguinte, o Aderbal apareceu sem a Silvinha. O terceiro problema foi com a própria mulher do Magalhães. Num certo sábado, ela viu um bando de meninos seminus atravessarem o gramado correndo e pularem na piscina onde - não que ela fosse racista, mas francamente! - nunca entrara alguém com pele escura a não ser pela ação do bronzeador. Uma invasão! Ela já ia chamar a polícia quando o Magalhães explicou que eram os filhos do Gedeão, segurança da firma, que ele convocara para reforçar a defesa do seu time. Ela que se acostumasse, o Gedeão e os filhos estariam almoçando lá todos os sábados. Precisava do Gedeão para o meio da zaga. A mulher do Magalhães também pediu divórcio. Hoje são quatro times de sete jogadores que disputam intermináveis torneios e copas por qualquer pretexto - a atual é a Copa Juju do Pânico - e muitas vezes esquece-se de almoçar. Numa espécie de galpão ao lado da piscina, Magalhães instalou o que se chama de “a Federação”, a sede da “Liga dos Sábados”, e é ali que estão dois painéis, um o dos “Campeões”, com fotografias dos times vencedores dos diversos torneios, e outro o das “Caídas”, com fotos das mulheres que não agüentaram os casamentos serem trocados pelo futebol. São 12 (doze). A décima segunda foto, recém-inaugurada, é da Laurita, mulher do Marco Antônio, meia-armador do time do Sales. A Laurita agüentou o que pôde, mas pediu o divórcio depois que encontrou o Marco Antônio fazendo uma “preleção tática” para o seu time na sala do apartamento, e usando suas miniaturas de porcelana para explicar as jogadas. Há um terceiro painel, intitulado “Frouxos”, já que “Traidores” foi considerado forte demais para intitular os ex-amigos. Neles estão as fotos do Olimar e do Galvão, que cederam à pressão de suas esposas e abandonaram seus times. O Galvão ainda com o agravante de ter comunicado sua decisão de parar na véspera da decisão da Copa Mulher Melancia. Fonte: Crônicas do futebol. Bom final de semana a todos. |
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