Pormenores da grande final

Em se tratando de uma final de campeonato era de se esperar com certeza de nossa parte uma dificuldade imensa enfrentar o Botafogo de Três de Maio. Para quem não sabe o Botafogo foi Campeão Estadual Amador por 4 oportunidades e disputou várias vezes a 2ª divisão do Gauchão, assim sendo, sempre será muito respeitado estado a fora. De nossa parte e em se tratando de categorias de base, respeitamos o Botafogo de igual forma, do início ao fim da competição. Tivemos um primeiro encontro há um mês atrás na fase classificatória e depois de um jogo um tanto atípico fomos derrotados por 4x0, sendo que de minha parte não vi como um placar justo, ja que naquela oportunidade construímos chances claras de gol (inclusive erramos um penalty) e não conseguimos traduzir chances em gols. Mas quis o destino que cruzassemos com o Botafogo mais uma vez e na final e mais uma vez na casa deles. Bom, regulamento é regulamento e tivemos que nos adaptar. Trabalhamos muitos dias para essa final, de minha parte tentei primeiro trabalhar a mentalidade dos meninos quanto a derrota passada ser parte do passado mesmo e que tinhamos que tirar lições construtívas dos erros e acertos daquele dia, quando vi que fora entendido essa primeira etapa, passei a trabalhar a parte técnica-tática, com algumas pequenas variações no sistema de jogo para que os alunos tentassem assimilar rápido mas sobretudo com entendimento do que eu programava/planejava ser mais coerente mediante o que haviamos de enfrentar... Claro que não foi fácil, até sou sincero que pensei várias vezes em não por em prática o sistema que tinha em mente ja que haviamos jogado 5 jogos no 1.4.4.2 é mudar para outra formação com apenas 2 treinos e 1/2, pois teve um treino que escureceu e não podemos concluir o objetivo proposto para a aula, resolvi arriscar, digo, "prefiro pecar por errar a me omitir", e assim entramos em campo. Botafogo com uma certa soberba e nós humildes, mas com pretensões bem definidas... Jogo, indo, jogo vindo, toma lá, da cá, e passou-se o tempo vieram as penalidades... Nossa, quanta pressão, passei aos alunos as melhores palavras que tinha de motivação, confiança, acreditar no sonho, perseverança e que estávamos próximo, até mais próximos que o adversário que aquela altura ja não era mais tão poderoso, e sim, apenas um Sub-11, mortal como também em certa feita (no passado) nos fizeram ser... Vencemos, brilhou a competência no penalty final do garoto Éric Ribeiro (10 anos) e muita, mas muita classe para bater na bola e estufar a rede do oponente... SOMOS CAMPEÕES SUB-11 DA 1ª COPA PAULO BAIER, ou seja, em nosso primeiro ano de trabalho (depois de 20 anos de inatividade da base do Ypiranga) meninos de 9, 10 e 11 anos escrevem o nome na história do clube e do município que amamos, Portela...

Parabéns a todos indistintamente, a população toda, pois estamos sempre (trabalho isso nos treinos) representando todos, SOMOS UM SÓ, como o Slogan da Copa...

Att.

Professor Élver

Graduado em Educação Física.

Ex-atleta de futebol